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Introdução

Tipos

A Mola Hidatiforme (MH) resulta de uma gravidez anormal caracteriza pelo desenvolvimento deficiente da placenta. Esta condição é rara e pertence ao grupo de doenças designadas por Doença Gestacional do Trofoblasto. 

A MH classifica-se em dois tipos:

- Mola Hidatiforme Completa (MHC), na qual não ocorre o desenvolvimento de um embrião, devido à fecundação de um ovócito sem material genético por um espermatozóide com o dobro da informação genética.

- Mola Hidatiforme Parcial (MHP), na qual pode ocorrer o desenvolvimento de um embrião anormal e incapaz de sobreviver, devido à fecundação de um ovócito normal por dois espermatozóides ou por um espermatozóide com o dobro da informação genética.

Frequência

Rara.

Causa

Não existe uma causa bem definida para o desenvolvimento de MH. No entanto, existem alguns fatores de risco como os extremos da idade reprodutiva ou MH em gravidez prévia.

Sinais e sintomas

  • Numa fase inicial, podem não existir sintomas. Posteriormente, podem surgir sintomas típicos de gravidez ou de complicações do primeiro trimestre:
  • Atraso menstrual;
  • Perda de sangue vaginal (82-92%);
  • Pressão / dor pélvica;
  • Utero maior do que o habitual para o tempo de gravidez (25-50%);
  • Enjoos e vómitos mais intensos (8-20%). 

O que fazer

A mulher deve ser observada por um médico ginecologista-obstetra para realização de exame ginecológico completo, ecografia vaginal, análises ao sangue (β-hCG (hormona da gravidez), grupo de sangue, hemograma e bioquímica) e orientação do tratamento.

Dependendo dos sintomas, poderão ter de ser realizados outros exames.

Tratamento

O tratamento consiste na remoção da gravidez anormal através do esvaziamento uterino com aspiração (curetagem aspirativa).

Nos casos mais graves, poderá estar indicada a remoção do útero (histerectomia) e o tratamento com quimioterapia. 

Evolução / Prognóstico

O valor da hormona da gravidez (β-hCG) medido através da análise ao sangue permite vigiar a evolução da doença. Assim, este valor deve ser repetido 48 horas após o tratamento cirúrgico e semanalmente até ser negativo. Posteriormente, esta hormona deve ser avaliada periodicamente.

Se o tratamento for bem-sucedido, o risco de evolução para formas cancerígenas é inferior a 1%. 

Prevenção / Recomendações

Não engravidar durante o período de vigilância da hormona de gravidez através de métodos contracetivos hormonais eficazes ou métodos barreira (preservativo). Os dispositivos intrauterinos devem ser evitados.

Em gestações futuras:

  • Realizar ecografia do 1º trimestre para confirmação do normal desenvolvimento da gravidez;
  • Em caso de dúvida, consultar o seu ginecologista-obstetra.

Saber Mais

Neoplasia Gestacional do Trofoblasto

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