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Introdução

O Papilomavírus Humano (HPV) é um vírus que causa infeções genitais que se persistirem poderão levar ao desenvolvimento de cancro. É o principal fator de risco para cancro do colo do útero. Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV.

A vacina contra o vírus Papilomavírus Humano (HPV) surgiu pela primeira vez em 2006 com objetivo de prevenir as infeções por este vírus e a longo prazo prevenir o cancro. No mundo, existem 3 vacinas diferentes contra o HPV que variam essencialmente no número de tipos de HPV contra os quais foram desenvolvidas:

  • (2006) Quadrivalente (Gardasil ®) – contra 4 tipos de HPV (6,11,16 e 18); 
  • (2008) Bivalente (Cervarix ®) – contra 2 tipos de HPV (16 e 18);
  • (2014) Nonavalente (Gardasil9 ®) – contra 9 tipos de HPV (6,11,16,18, 31, 33, 45, 52 e 58).

Em Portugal, temos disponível a vacina mais recente, a nonavalente que protege contra 9 tipos de HPV, entre eles os com maior probabilidade de causar cancro do colo útero, anal, vulva e vagina.

Frequência 

Ao longo da vida adulta, 70-85% dos homens e mulheres serão infetados por este vírus. Em Portugal, estima-se que cerca de 20% das mulheres entre os 18 e 64 anos possam estar infetadas por um ou mais tipos de HPV. 

Causa

O vírus do HPV transmite-se facilmente por contacto pele com pele durante qualquer tipo de ato sexual, pelo que poderá ficar infetada mesmo que não tenha relações sexuais com penetração. Apesar de ser essencial para evitar outras infeções sexualmente transmissíveis, neste tipo de vírus o uso do preservativo não assegura uma proteção completa. 

Sinais e sintomas

Regra geral, após ser infetada o organismo vai conseguir eliminar o vírus espontaneamente em 1-2 anos. Contudo em algumas pessoas o HPV não desaparece e pode causar doenças genitais e cancro.

Como não é possível prever quem vai desenvolver doença associada à infeção pelo HPV é importante apostar na prevenção que consiste em dois pilares essenciais, a vacinação e o rastreio.

Regra geral, após ser infetada o organismo vai conseguir eliminar o vírus espontaneamente em 1-2 anos. Contudo em algumas pessoas o HPV não desaparece e pode causar doenças genitais e cancro. Como não é possível prever quem vai desenvolver doença associada à infeção pelo HPV é importante apostar na prevenção que consiste em dois pilares essenciais, a vacinação e o rastreio.

Prevenção / Recomendações

As vacinas contra o HPV são eficazes, seguras, e sem efeitos terapêuticos, ou seja, não servem para tratar uma infeção já existente, apenas para prevenir infeções de novo. Por esta razão, a altura ideal para ser vacinado contra o HPV é antes de ter a primeira relação sexual.

Programa Nacional de Vacinação em Portugal (PNV)

A vacina contra HPV foi introduzida pela primeira vez no PNV em 2008, inicialmente apenas para meninas. Desde 2020 que a vacina está disponível gratuitamente para meninos e meninas com 10 anos de idade, num esquema de duas injeções, aos 0 e 6 meses. 

Vacinação fora do Programa Nacional de Vacinação

Uma vez que a mulher sexualmente ativa está em risco de infeção pelo HPV em qualquer idade, a vacinação também é possível e recomendada pela Sociedade Portuguesa de Ginecologia, após avaliação individualizada para mulheres que:

  • Já iniciaram a vida sexual;
  • Tiveram uma infeção por HPV ou 
  • Tiveram doença por HPV e foram tratadas. 

Importante ter em atenção que não há estudos que comprovem a eficácia da vacina acima dos 45 anos.

Fora do PNV o esquema implica 3 doses aos 0, 2 e 6 meses, com um custo total aproximado de 400 euros sem comparticipação.

As doses da vacina terão sempre de ser prescritas por um médico e poderão ser administradas no seu Centro de Saúde ou numa farmácia. 

As contraindicações mais importantes ao uso da vacina são a gravidez e a alergia à vacina.

No âmbito da prevenção é essencial manter o rastreio do cancro do colo do útero mesmo se estiver vacinada contra o HPV.

Saber Mais

Rastreio Cancro Colo do Útero

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