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Introdução

A sífilis é uma infeção sexualmente transmissível. No entanto, também pode ser transmitida da mãe para o filho ou, raramente, por via sanguínea.

Frequência

De acordo com os últimos dados da Organização Mundial de Saúde, referentes ao ano de 2016, a sífilis afetou 19.9 milhões de pessoas entre os 15 e os 49 anos de idade em todo o mundo.

Causa

A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum.

Sinais e sintomas

Os sintomas são diferentes em cada fase da doença:

  • Sífilis primária: 10 a 90 dias após o contágio, surge uma mancha no local do contacto sexual; esta mancha transforma-se numa úlcera dura, sem dor ou pus. Normalmente ocorre nos genitais, mas pode envolver zonas como a faringe, o ânus ou a vagina. Os gânglios linfáticos das virilhas podem aumentar. Sem tratamento, a úlcera desaparece em 3 a 6 semanas, mas a doença espalha-se para o resto do corpo.
  • Sífilis secundária: ocorre em 25% dos indivíduos não tratados e pode manifestar-se de várias formas: febre, dores de cabeça, dores musculares, dores de garganta, perda de peso e gânglios linfáticos aumentados na região do pescoço, axilas e virilhas. O mais frequente é o desenvolvimento de erupção da pele.
  • Sífilis terciária: desenvolve-se 10 a 30 anos depois, em 25-40% dos indivíduos não tratados nas fases anteriores. Pode envolver qualquer parte do corpo, incluindo o sistema cardiovascular – coração e vasos sanguíneos.

O sistema nervoso central (cérebro) pode ser afetado em qualquer momento.

É importante lembrar que não existem sintomas durante a maior parte do curso da doença.

A sífilis congénita ocorre quando a doença é transmitida da mãe para o filho, na gravidez ou durante o parto. Pode resultar em aborto espontâneo, prematuridade ou morte do feto dentro do útero.

Os recém-nascidos podem apresentar sintomas (baixo peso, aumento do tamanho do fígado ou do baço, anemia, lesões da pele, alterações nos ossos e no cérebro), ou podem ser assintomáticos ao nascer e desenvolver sintomas nos primeiros 3 meses de vida.

O que fazer

Deve procurar ajuda médica na presença destes sintomas ou se teve relações sexuais desprotegidas com um parceiro diagnosticado com sífilis.

Tratamento

O tratamento é feito com recurso a um antibiótico injetável, a penicilina. Pode ser realizado em uma ou três doses, dependendo da fase da doença em que se encontra.

Se existir envolvimento do sistema nervoso central, o tratamento deve ser feito em regime hospitalar por via endovenosa.

No caso de alergia à penicilina, existem antibióticos alternativos, cuja eficácia não está, contudo, tão bem documentada.

A penicilina é a única opção eficaz durante a gravidez, pelo que a dessensibilização é necessária antes do tratamento da infeção.

Evolução / Prognóstico

A resposta ao tratamento é avaliada mediante a realização de análises ao sangue. A periodicidade da vigilância vai depender do estádio da doença e o prognóstico varia conforme a sua extensão.

Na ausência de tratamento, a morbimortalidade é significativa, e o envolvimento do sistema cardiovascular ou do sistema nervoso central pode ser fatal.

Prevenção / Recomendações

Perante o diagnóstico de sífilis, deve ser feito o despiste de outras infeções sexualmente transmissíveis. A prevenção da sífilis passa pelo uso do preservativo em todas as relações sexuais.

O rastreio está recomendado durante a gravidez, e o tratamento da sífilis materna previne 98% dos casos de sífilis congénita.

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