Lesões de baixo grau causadas por HPV - tratamento conservador
Introdução
No rastreio de Cancro do Colo Uterino (CCU), as lesões de baixo grau são designadas por Atypical squamous cells of undetermined significance (ASC-US), Low-grade Squamous Intraepithelial Lesion (LSIL) ou Cervical intraepithelial neoplasia grade 1 (CIN1). Estas lesões podem regredir espontaneamente dentro de 2 anos e, por isso, não devem ser tratadas.
Estas lesões podem ocorrer por efeito do vírus Papiloma Humano (HPV), que corresponde a uma infeção sexualmente transmissível.
Com o rastreio do CCU, pretende-se distinguir as lesões benignas das lesões pré-malignas/malignas, evitando o sobretratamento
Frequência
A incidência anual estimada nos Estados Unidos de CIN1 na biópsia cervical é de 4%.
Causa
Estas lesões podem ocorrer por efeito do vírus Papiloma Humano (HPV), que corresponde a uma infeção sexualmente transmissível
Sinais e sintomas
As lesões de baixo grau provocadas pelo HPV são geralmente assintomáticas e apenas detetadas pelo rastreio CCU.
Lesões mais avançadas podem dar perda hemática vaginal irregular ou intensa.
O que fazer
Mulheres com lesões de baixo grau serão encaminhadas a centro hospitalar para a realização de colposcopia (ver o colo do útero de forma ampliada, através do colposcópio)
Tratamento
Estas lesões requerem vigilância em meio hospitalar. Se considerado pela equipa médica, o tratamento pode ser aceitável.
Nestes casos, o tratamento baseia-se em técnicas excisionais ou destrutivas. O tratamento excisional consiste na remoção de um cone pequeno do colo uterino (também conhecido por conização) e o tratamento destrutivo corresponde à destruição das células do colo uterino através do calor como, por exemplo, através da vaporização LASER.
Evolução / Prognóstico
Muitas das lesões de baixo grau regridem espontaneamente dentro de 1-2 anos, principalmente em mulheres jovens.
Prevenção / Recomendações
A prevenção de lesões associadas ao HPV pode ser primária ou secundária.
A prevenção primária corresponde à vacinação contra o HPV (já oncluida no Programa Nacional de Vacinação). Caso a mulher não tenha sido abrangida por este programa, a vacinação está recomendada e mesmo após tratamento da lesão.
A prevenção secundária corresponde à realização do rastreio do CCU, em mulheres com idades entre os 25 e 65 anos.
Ainda que o HPV seja uma doença sexualmente transmissível, o uso de preservativo apenas confere proteção parcial.
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