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Introdução

O líquido amniótico é um líquido que existe à volta do feto que se encontra dentro do útero contido na bolsa amniótica. Desempenha um papel importante na proteção do feto. Algumas gravidezes podem ter líquido a mais, esta situação é chamada de polihidrâmnios ou hidrâmnios. A amniodrenagem é uma técnica que remove excesso de líquido amniótico. 

Frequência

Polihidrâmnios ocorre em cerca de 1 a 2% das gravidezes que são só de um feto, a amniodrenagem é um procedimento raro. 

Causa

Existem várias causas que podem justificar o líquido amniótico aumentado na gravidez. Podem ser problemas a nível da mãe, por exemplo ter diabetes mellitus ou problemas a nível do feto, que podem ser alterações no seu desenvolvimento, por exemplo do sistema digestivo, dos rins, do coração ou do cérebro, ou genético. Não se descobre a causa em cerca de 40% dos casos. 

Sinais e sintomas

O excesso de líquido amniótico frequentemente não dá sintomas.

Se a grávida tiver sintomas o mais comum é a sensação de falta de ar (dispneia), dor abdominal ou pode sentir contrações uterinas. 

O que fazer

O polihidrâmnios pode ter implicações importantes no desfecho da gravidez. A quantidade de líquido amniótico é avaliada por rotina na ecografia obstétrica.

Se o médico detetar que tem líquido amniótico em excesso, pode propor fazer exames para perceber se existe alguma causa específica. Consoante os resultados desses exames e se a grávida apresenta sintomas ou não, o médico poderá propor algum tipo de tratamento. 

Tratamento

A amniodrenagem é um tratamento que permite drenar, ou seja, retirar uma certa quantidade de líquido da bolsa amniótica. É feita uma aspiração do líquido com uma agulha. É um procedimento rápido que se faz com o apoio da ecografia e permite o alívio dos sintomas da grávida. 

Nem todas as gravidezes com líquido amniótico em excesso têm indicação para este tipo de intervenção, dado ser um tratamento mais invasivo e que também acarreta riscos, pelo que deverá avaliar junto do seu médico se terá indicação para tal. 

Também lhe poderá ser proposto tratamento com medicação, que levará a reduzir a produção deste líquido, tendo critérios específicos para a sua utilização.

Se o líquido aumentado não causar sintomas incapacitantes ou severos à grávida pode ser prudente apenas vigiar a gravidez, não sendo obrigatório optar logo por um tratamento dirigido. 

Evolução / Prognóstico

As complicações após amniodrenagem são raras, sendo as mais frequentemente descritas a prematuridade do trabalho de parto ou ruptura prematura da bolsa amniótica.

Após a amniodrenagem deve-se reavaliar o volume de líquido amniótico após 1 a 3 semanas, de acordo com a severidade do quadro. Após a drenagem a melhoria dos sintomas maternos é imediata, mas o líquido pode voltar a acumular em alguns dias a semanas.

Pode ser necessário repetir o procedimento, não havendo um intervalo estipulado entre drenagens. 

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