Sinéquias uterinas
Introdução
As sinéquias uterinas são bandas de tecido fibroso que surgem dentro do útero.
Frequência
Desconhece-se a real frequência desta condição.
Causa
A principal causa para o surgimento das sinéquias são as curetagens uterinas (mais conhecidas como “raspagens”). No entanto, podem surgir também após processos de infeção dos órgãos pélvicos, como o útero e ovários.
Sinais e sintomas
Esta condição, dependendo da sua expressão local, pode ser totalmente assintomática ou condicionar um quadro incapacitante para a mulher.
Quando cursa com sintomas, estes incluem um fluxo menstrual mais escasso do que o habitual (ou mesmo ausente), assim como dor com a menstruação.
Nas mulheres que pretendem engravidar, pode condicionar abortos e problemas na gravidez.
O que fazer
Se apresenta algum destes sintomas e já alguma vez lhe foi realizada uma curetagem uterina (“raspagem”), pode ter sinéquias uterinas.
Nesse caso, deve recorrer ao seu médico assistente que, mediante as suas queixas e história clínica, a ajudará a esclarecer a situação e orientar em conformidade.
Tratamento
O tratamento das sinéquias uterinas implica o acesso ao interior do útero através de um aparelho chamado histeroscópio. Este só deve ser realizado quando existem sintomas, uma vez que o acesso ao interior do útero, por si só, pode promover novas sinéquias uterinas.
Através do histeroscópio consegue-se visualizar e manipular o interior do útero com pequenos instrumentos e, assim, proceder-se à remoção destas bandas de tecido fibroso.
Evolução / Prognóstico
As sinéquias uterinas podem ser corrigidas com o tratamento dirigido à cavidade do útero referido no ponto anterior.
No entanto, uma vez que a própria manipulação do interior do útero é a principal causadora desta condição, os médicos devem tomar medidas para prevenir a sua recorrência aquando o tratamento.
Prevenção / Recomendações
Como prevenção primária das sinéquias uterinas é importante manter uma boa saúde ginecológica, nomeadamente através da evicção de múltiplos parceiros sexuais e do recurso ao preservativo para prevenção de infeções pélvicas.
Deve-se também evitar qualquer manipulação do interior do útero que não seja estritamente necessária.
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