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Introdução

O cancro da vulva é um cancro ginecológico que ocorre na região externa do aparelho genital feminino.

https://www.cancer.org/cancer/types/vulvar-cancer/about/what-is-vulvar-cancer.html

A vulva inclui o monte púbico, o clitóris, os grandes e pequenos lábios, e a abertura da uretra e da vagina.

Frequência

É um cancro raro, correspondendo a 4% dos cancros ginecológicos a nível mundial.

Sinais e sintomas

Sintomas

Na maioria dos casos, o cancro da vulva não dá sintomas inicialmente, apresentando-se como uma lesão única nos grandes ou pequenos lábios, com uma coloração esbranquiçada ou avermelhada.

Por vezes, pode dar algumas queixas, como comichão vulvar, dor ou hemorragia.

Fatores que aumentam o risco

Existem algumas situações que aumentam o risco de cancro da vulva:

  • Aumento da idade: é mais frequente entre os 60 e 70 anos;
  • Infeção pelo vírus do papiloma humano (HPV);
  • Tabagismo;
  • Dermatoses inflamatórias, como por exemplo, a presença de líquen escleroso vulvar;
  • Neoplasia intraepitelial cervical ou vulvar;
  • História prévia de cancro do colo do útero;
  • Imunodepressão.

O que fazer

Ao detetar uma lesão na vulva, deve recorrer ao médico para ser observada.

Se houver suspeita de cancro da vulva, é feita uma biópsia da lesão para confirmar o diagnóstico.

Se a biópsia confirmar a existência de um cancro, são ainda feitos outros exames para avaliar a extensão da doença, e perceber se o cancro se disseminou para outras partes do corpo.

Todas as doentes com cancro da vulva são encaminhadas para um centro de Ginecologia Oncológica de referência, para serem tratadas por uma equipa experiente.

Tratamento

O tratamento varia de caso para caso, consoante a idade e outras doenças que possam estar presentes, assim como a localização e a extensão do cancro da vulva.

Na maioria das situações, o tratamento é cirúrgico, estando recomendada a excisão local radical da lesão (remoção do cancro e algum tecido normal à volta da lesão). Pode também haver indicação para remoção dos gânglios linfáticos inguinais.

Após a cirurgia, pode ainda estar indicada radioterapia e quimioterapia.

Evolução / Prognóstico

Se o diagnóstico for feito precocemente, o cancro da vulva tem um prognóstico favorável, com taxas de sobrevida aos 5 anos superiores a 90%.

Na doença avançada, quando o cancro invade outras partes do corpo, a sobrevida aos 5 anos é de 40%.

Prevenção / Recomendações

Prevenção primária

A infeção persistente pelo HPV associa-se ao desenvolvimento de cancro da vulva. Assim, a vacina contra o HPV pode diminuir o risco de alguns tipos de cancro vulvar.

Prevenção secundária

Não existe um rastreio preconizado. A melhor estratégia de prevenção é o diagnóstico e tratamento precoce de lesões precursoras.

Para isto, deve-se manter a vigilância em mulheres com dermatoses inflamatórias. Para além disso, na presença de lesões associadas ao HPV do colo, vagina ou ânus, deve ser inspecionada a vulva para excluir lesão vulvar concomitante.

Saber Mais

Dermatoses vulvares crónicas - Líquen

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