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Introdução

A cardiotocografia (CTG), vulgarmente conhecido como “exame das cintas”, é um método de avaliação simultânea da frequência cardíaca fetal e da contratilidade uterina materna.

Surgiu na década de 60 e é atualmente o método de eleição para avaliação do estado fetal intraparto.

A sua utilização na avaliação do bem-estar fetal antes do parto não é consensual.

Neste artigo será apenas abordada a monitorização cardiotocográfica intraparto.

 

Sinais e sintomas

Durante o trabalho de parto, as contrações uterinas regulares podem reduzir  temporariamente o fluxo sanguíneo uteroplacentário (da mãe para o feto), afetando a oxigenação fetal. Assim, a monitorização da frequência cardíaca fetal (FCF) visa identificar possíveis défices de oxigenação fetal, com necessidade de intervenção obstétrica.

Aquisição do traçado

A aquisição do traçado de CTG é preferencialmente feita com a grávida em decúbito lateral (deitada de lado), sentada ou em posição vertical, evitando o decúbito dorsal (deitada de barriga para cima), que promove compressão da artéria aorta e veia cava, prejudicando a perfusão placentária. 

Monitorização fetal interna vs externa

A monitorização pode ser feita externamente, com um transdutor de ultrassom doppler no abdómen materno, ou internamente, com um elétrodo no escalpe fetal (cabeça do feto). 

Monitorização da contratilidade uterina

A contratilidade uterina é monitorizada colocando um tocodinamómetro no abdómen materno, permitindo avaliar a frequência e duração das contrações, não sendo possível avaliar a sua intensidade.

Análise do traçado

A análise do traçado de CTG inclui avaliação da linha de base da FCF, variabilidade, acelerações e desacelerações.

Classificação do traçado

O traçado de CTG pode ser classificado como normal, suspeito ou patológico, dependendo das características observadas. Em casos de padrões patológicos, podem ser necessárias intervenções obstétricas para garantir a segurança do feto durante o trabalho de parto.

Conclusão

Desta forma, a cardiotocografia desempenha um papel crucial na avaliação do bem-estar fetal durante o trabalho de parto. Através da monitorização da FCF e da atividade uterina, permite uma deteção precoce de possíveis alterações na oxigenação fetal, proporcionando intervenções obstétricas atempadas de modo a evitar maus desfechos neonatais.

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