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Introdução

A dor pélvica define-se como dor referida à região abdominal inferior e pélvica (abaixo do umbigo) com duração variável. Considera-se dor pélvica aguda se duração inferior a 3 meses e dor pélvica crónica se superior a 6 meses e sem relação com o ciclo menstrual.

Frequência

A dor pélvica é comum afetando cerca de 1 em cada 4 mulheres. 

Causa

A dor pélvica é um sintoma que pode ser causado por múltiplas patologias ginecológicas (gravidez ectópica, endometriose, miomas uterinos,…) ou de outros sistemas (síndrome intestino irritável, cistite intersticial, fibromialgia,…)

Sinais e sintomas

A dor pélvica pode ser contínua ou em cólica e variar em intensidade. A dor pode também surgir ou ficar mais intensa em determinadas ocasiões como as relações sexuais, urinar, defecar ou após esforços mais prolongados. 

A dor pode associar-se a outros sintomas como urgência ou aumento da vontade de urinar, inchaço abdominal, diarreia, obstipação, náuseas ou vómitos.

O que fazer

Para a adequada avaliação em consulta médica é necessário saber descrever a dor, os seus tratamentos prévios e sintomas associados. Conhecer a resposta a medicação analgésica de venda livre como paracetamol ou ibuprofeno pode ajudar na avaliação inicial.

Em consulta pode ser questionada sobre os seus hábitos de sono e alimentares e experiências prévias que associe a dor.

Habitualmente numa avaliação inicial é importante a realização de exame físico do abdómen e exame ginecológico.

Pode ser proposta a realização de exames de sangue, urina ou colheitas vaginais e exames de imagem como ecografia.

Tratamento

O tratamento da dor pélvica vai depender de qual é a causa mais provável e da duração do quadro. De forma geral o tratamento inicial é com medicações como comprimidos ou injeções endovenosas ou intramusculares. Nos casos em que não existe melhoria com estes tratamentos pode ser proposta a realização de cirurgia, consoante a causa da dor.

Tratamento médico:

  • Analgésicos como ibuprofeno ou outros anti-inflamatórios
  • Relaxantes musculares
  • Tratamento hormonal como pílulas contracetivas 
  • Antibióticos
  • Medicamentos com efeito na dor crónica como antidepressivos e anti-epiléticos. Esta medicação pode ser utilizada mesmo que não exista depressão.
  • Fisioterapia pélvica
  • Injeções em pontos dolorosos
  • Terapia cognitivo-comportamental

Tratamento cirúrgico:

  • Laparoscopia para diagnóstico ou tratamento
  • Histerectomia quando a causa da dor o justifique

Evolução / Prognóstico

O prognóstico da dor pélvica vai depender da causa subjacente, da duração e do tratamento instituído. Em alguns casos, patologias associadas a dor pélvica aguda podem ter duração suficiente para se tornarem patologias crónicas.

Após cirurgia ginecológica, apenas 46% das mulheres referem melhoria das queixas álgicas.

Prevenção / Recomendações

A dor pélvica aguda é habitualmente de resolução urgente, melhorando assim o prognóstico futuro e a recorrência.

A dor pélvica crónica tem um grande impacto na qualidade de vida e como tal é importante procurar ajuda e adotar medidas de estilo de vida favoráveis como exercício físico, sono e dieta adequada. 

Saber Mais

  • Dismenorreia
  • Doença inflamatória pélvica
  • Endometriose
  • Miomas uterinos
  • Dispareunia

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