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Introdução

Poderá ser proposta a realização de uma cirurgia por laparoscopia na gravidez. Este tipo de cirurgia utiliza instrumentos que atravessam pequenas incisões no abdómen, após a sua insuflação com “ar” e associa-se a uma recuperação mais rápida, internamento mais curto e menor risco de infeção e dor. 

No entanto, o facto de estar grávida torna a cirurgia mais complexa e exige alguns cuidados extra. Por uma questão de segurança, procedimentos que não sejam considerados urgentes devem ser adiados, sempre que possível, para depois do parto. 

A laparoscopia pode ser realizada em qualquer fase da gravidez, desde que por equipas com experiência e em hospitais com assistência adequada. As doenças que requerem cirurgia na grávida são raras. Alguns exemplos são a apendicite (infeção do apêndice), a colecistite (infeção da vesícula biliar) e a torção/rotura de quistos nos ovários. 

O que fazer

Alguns cuidados que pode esperar durante a realização de laparoscopia na gravidez são:

Posicionamento: após o primeiro trimestre, é importante posicionar a grávida para o lado esquerdo (pelo menos ligeiramente), o que facilita a circulação; 

Anestesia: a laparoscopia exige a realização de anestesia geral, mas os fármacos a utilizar não parecem afetar o desenvolvimento do feto ou causar malformações; 

Incisões no abdómen: várias técnicas podem ser utilizadas e o número e local das incisões vai depender do tamanho do útero, do cirurgião e da doença a ser tratada;

Insuflação com “ar”: o dióxido de carbono na pressão habitualmente utilizada fora da gravidez é seguro e pode ser utilizado; 

Instrumentos: o tamanho e tipo de instrumentos pode ter que ser adaptado à gravidez; os instrumentos e a energia utilizada para cortar e coagular os tecidos são seguros;

Monitorização do feto: aproximadamente a partir das 24 semanas, deve ser realizada cardiotocografia (CTG) antes e após a cirurgia; antes deste período, pode avaliar-se apenas o “batimento cardíaco” do bebé;

Medicações: fármacos para melhorar o desenvolvimento pulmonar e cerebral do bebé podem ser sugeridos pela equipa médica, caso a caso, em fetos prematuros;

Risco de trombose: deve ser avaliado pela equipa na proximidade da cirurgia; em alguns casos, pode ser aconselhada a injeção com heparina durante alguns dias a semanas para prevenir a formação de trombos/coágulos; todas as grávidas devem deambular precocemente após a cirurgia para diminuir o risco de tromboses.

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