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Introdução

A infeção persistente por HPV é definida como HPV positivo em resultados consecutivos com ≥ 12 meses de intervalo. A persistência do HPV é uma condição necessária para o desenvolvimento de lesões pré-invasivas e cancro do colo uterino (CCU).

Frequência

O Vírus do Papiloma Humano (HPV) é a infeção sexualmente transmissível mais comum, existindo mais de 200 genótipos de HPV, dos quais 40 afetam o trato genital. Cerca de 85% da população tem infeção por HPV pelo menos uma vez na vida. 

Causa

A infeção por HPV é uma infeção cuja via de transmissão mais comum é a via sexual, incluindo contacto direto com a pele ou mucosa de alguém infetado (contato oral, genital e/ou manual). É frequentemente transitória e não é obrigatória a presença de lesões visíveis para a sua transmissão. 

Sinais e sintomas

A infeção por HPV é geralmente assintomática. 

Pode dar origem a verrugas na região anal ou genital, também designadas por condilomas. 

Em quadros mais avançados, a doença invasiva no colo do útero pode provocar perda hemática vaginal com relações sexuais, de forma irregular e/ou intensa.

O que fazer

A orientação varia de acordo com o tipo de HPV, segundo a mais recente norma da DGS (norma N.º 09/2024 de 17/10/2024).

No caso de teste positivo para HPV de alto risco com genótipo 16 ou 18, a utente é encaminhada a uma Unidade Hospitalar para realização de colposcopia.

Quando o teste é positivo para HPV de alto com genótipo não 16 ou 18, a utente tem indicação para realizar outro teste cervical, realizada por profissional de saúde (dupla marcação imunoquímica para p16/Ki67). Se este último for positivo, a utente é encaminhada para Unidade Hospitalar; se negativo, tem indicação para repetir novo teste HPV dentro de 1 ano.

 

Tratamento

A infeção por HPV tem resolução espontânea, na maioria dos casos. Cerca de 85% da população tem infeção por HPV pelo menos uma vez na vida. 

Não há tratamento definitivo para a infeção persistente por HPV. 

As recomendações terapêuticas devem ser recomendadas em função do risco de lesão de alto grau imediato e a longo prazo e não apenas baseadas na presença de doença.

O tratamento pode ser necessário perante lesões provocadas pelo HPV, com técnicas destrutivas (ex.: LASER) ou excisionais (ex.: conização). 

Evolução / Prognóstico

A maioria dos doentes, com sistema imune adequado, consegue eliminar esta infeção.

As infeções persistentes por НΡV podem progredir para lesões pré-malignas dentro de 5-10 anos, sendo variável de acordo com outros fatores de risco, como o tipo de HPV e persistência específica do mesmo tipo de HPV, tabagismo ou imunossupressão.

Prevenção / Recomendações

A prevenção de lesões associadas ao HPV pode ser primária ou secundária. 

A prevenção primária corresponde à vacinação contra o HPV (já incluída no Programa Nacional de Vacinação). Caso a mulher não tenha sido abrangida por este programa, a vacinação está recomendada, mesmo após tratamento de lesões cervicais ou sem tratamento.

A prevenção secundária corresponde à realização do rastreio do CCU, em mulheres com idades entre os 30 e 69 anos. 

Ainda que o HPV seja uma infeção sexualmente transmissível, o uso de preservativo apenas confere proteção parcial. 

Saber Mais

HPV persistente, Infeções de transmissão sexual

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